Para entender essa gastança — que inclui voo particular de mais de R$ 100 mil —, é preciso voltar no tempo. E lembre-se que, até o fim de outubro do ano passado, o nome de Hugo Motta mal aparecia entre os principais cotados para disputar o comando da Câmara , cargo para o qual foi eleito em fevereiro de 2025.
De forma abrupta e surpreendente, o deputado paraibano emergiu como o favorito absoluto ao cargo apenas um dia após o segundo turno das eleições municipais de 2024, realizadas em 27 de outubro.
Várias reportagens da época registraram que, em menos de 36 horas , Motta conseguiu o apoio de cinco partidos de diferentes espectros políticos — PP, MDB, Podemos, PL e até o PT — somando mais de 300 potenciais na Câmara.
O pagamento relâmpago pegou parlamentares e jornalistas de surpresa, e o deputado dos Republicanos passou de nome coadjuvante à posição de candidato de consenso, sem que ficasse claro quem articulou essa virada e como ela aconteceu tão rapidamente.
Infelizmente, não tenho essas respostas. Mas encontrei alguns documentos que revelam que essa articulação meteórica foi acompanhada por uma caríssima agenda de deslocamentos aéreos em aviões particulares . Tudo com o seu dinheiro.
Em 23 de outubro, poucos dias antes do segundo turno da eleição, Motta fretou um jatinho para voar de Campo Grande (MS) para Brasília, com retorno no mesmo dia. O voo custou R$ 59,5 mil e foi pago à empresa Táxi Aéreo Piracicaba Ltda.
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