segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Santa Rosa do Piauí fica em primeiro lugar em índice de corrupção, diz MPF


Município tem o valor mais alto de condenação (R$ 1.380.574,33).

Por: Pablo Carvalho
oeirasemfoco.com.br/
10/12/2019

Os 10 municípios piauienses onde foram identificados os maiores crimes de corrupção administrativa estão abaixo da linha da pobreza, segundo levantamento divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF) no Piauí. O órgão lançou nesta segunda-feira (9) o site Transparência Ativa onde publicou os dados sobre os municípios piauienses alvos de sentença.

De acordo com a lista divulgada pelo MPF, Santa Rosa do Piauí é a cidade com os valores de condenação mais altos das 10 cidades que compõe a lista. Com R$ 1.380.574,33 de valores de condenação, e o único município de Oeiras que está entres as cidades citadas. A maioria é do Norte do estado.

Confira a lista dos 10 municípios com os valores de condenação mais altos:

1.Santa Rosa do Piauí (R$ 1.380.574,33)
2.União (R$ 1.055.030,00)
3.Lagoa Alegre (R$ 814.857,88)
4.Cocal de Telha (R$ 533.570,82)
5.São Miguel da Baixa Grande (R$ 315.340,67)
6.Curralinhos (R$ 265.035,06)
7.Coronel José Dias (R$ 239.000,00)
8.Amarante (R$ 188.194,00)
9.Barras (R$ 179.562,75)
10.Bonfim do Piauí (R$ 177.477,98)

A divulgação da página integrou os eventos alusivos ao Dia de Combate à Corrupção promovido pela Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do Piauí. Dentro do conteúdo divulgado, ganhou destaque o Mapa das Sentenças de Improbidade Administrativa.

A ferramenta contempla as 67 decisões condenatórias proferidas pelas Varas da Justiça Federal no Piauí no ano de 2018, tendo por base as ações de improbidade administrativa ajuizadas pelo MPF no Piauí em anos anteriores.

As 67 sentenças condenatórias dividem-se em nove áreas temáticas: Educação, Saúde, Infraestrutura, Seguridade Social, Princípios da Administração Pública, Assistência Social, Habitação, Reforma Agrária, Turismo e outros.

A Educação contempla a parte mais significativa do total de sentenças. Foram 32 decisões, do total de 67, o que representa 47,76% de todas as sentenças proferidas em 2018. Na sequência, aparece a Saúde, com 14 sentenças, o que representa 20,90% do total.

“A corrupção tende a se auto-replicar porque ela evita que o cidadão seja autônomo e tenha maior consciência. Assim, termina havendo um ciclo vicioso da corrupção. Precisamos quebrar esse ciclo”, destacou o procurador Israel Gonçalves.

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